Os jogos de Sporting e Benfica, frente a Barcelona e Olympiakos respectivamente, são, hoje em dia, uma raridade que deve ser extinta com a maior urgência. Fico com a clara noção de que jogos destes só acontecem aos clubes portugueses. São o nosso fado. Jogos em que um, dois ou três atletas têm falhas catastróficas ao nível da concentração, tremem como varas verdes, falta-lhes confiança e parecem perdidos em campo. Será, provavelmente, um problema do foro psicológico que urge ser diagnosticado e erradicado rapidamente.
Ora enterras tu, ora enterro eu
O Sporting recebeu o Barcelona para mais uma jornada da Liga dos Campeões. O resultado final foi 2-5. Desfecho que se poderia encarar como normal tendo em consideração os resultados que o Barcelona tem conseguido esta época, a nível interno e na Champions. No entanto, focando a atenção exclusivamente nos golos, fica a ideia de que os leões foram responsáveis pelos sete ocorridos na partida. Que o Barcelona pouco ou nenhum mérito teve na obtenção dos seus cinco tentos.

David vira Golias kamikaze
Já no jogo do Benfica em Atenas, frente ao Olympiakos, David Luiz assumiu-se como o grande protagonista da calamidade (derrota por 5-1). O jovem central brasileiro regressava ao onze encarnado, por força do impedimento de Luisão, depois de longa ausência. Oportunidade de ouro para mostrar que estava preparado para ocupar, no futuro próximo, uma das duas posições centrais na defesa titular benfiquista. Oportunidade falhada! Fica no ar a dúvida se a coisa não teria corrido melhor com o outro puto (Miguel Vítor) a titular. De qualquer forma, fazia sentido colocar David Luiz de início. Afinal, todos conhecemos a sua categoria e era importante dar minutos ao brasileiro. A sua exibição é que não fez qualquer sentido.

Rui Santos
Reflecti muito sobre se havia de escrever as linhas que se vão seguir. Não tenho qualquer desejo em criar inimigos com estes artigos de opinião, mas não consigo resistir a fazer uma critica directa a um comentador de futebol da SIC Notícias, Rui Santos.
Quando instado a comentar o jogo entre Benfica e Olympiakos, o ex-chefe de redacção do jornal A BOLA começou por referir que Quique Flores estava obrigado a dar explicações à nação benfiquista sobre a razão da não utilização de Katsouranis. Entre as várias hipóteses que lançou para justificar a ausência do grego da equipa titular não se lembrou da questão física. Só uma pessoa desatenta às notícias diárias é que não sabia que Katsouranis se viu recentemente afectado por uma virose e apenas efectuou um treino antes da partida para a Grécia. E eu a julgar que o trabalho de um comentador passava por estar atento precisamente a estes pormenores...

O essencial a reter é que este ilustre comentador deslocou-se aos estúdios da SIC não com o objectivo de fazer uma análise do Olympiakos-Benfica, mas sim com outro intuito qualquer. Não faço ideia qual, mas de certeza que Rui Santos tem uma missão a cumprir que não envolve fazer o trabalho para o qual foi contratado. Será que ele viu o jogo ou é ceguinho? Se resposta residir na segunda hipótese, então garanto-vos que neste ceguinho dá vontade de bater.
* 28/11/2008
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